quinta-feira, 19 de maio de 2011

Não há nada, nada.



Sou uma desistente, isso que sou.
Espero por algo invisível, que não sei o que é.
Sou uma única nota músical.
Não posso compor uma melodia sozinha.
Meus passos ecoam no corredor, mas sou a única a ouví-lo
As pessoas estão tão presas à seus mundos, e suas risadas são altas demais para me ouvirem
Está frio hoje, né?
Frio, frio e escuro
Se eu olhar para o céu eu chorarei
Pois hoje, a beleza monocromática do céu reflete meu coração.
Quando baixei minhas defesas, devia ter previsto o ataque.
Logo agora que eu achei que gostava da solidão.
Eu abracei, mas tê-la agarrada a mim é doloroso.
Preciso gritar, me libertar.
Tenho que me mover, para onde está o que me pertence
Meu coração.
A respiração é fria, como se fragmentos de gelo depositassem em meus pulmões cada vez que puxo o ar.
Percebi que sou egoísta
Quero converter uma pessoa em uma dependente de mim
Quero uma pessoa para mim
Mas isso é algo que nunca terei.
Com as mãos nos bolsos do casaco, tremo de frio.
Minha indiferença é tanta que dói.
Quero sorrir sinceramente, é dificil?
É uma dor que dói sem realmente doer.
Fere por dentro, destrói.
Mas por fora eu consigo sorrir.
Como?
Tudo é falsidade na superfície.
Nada é real.
A única esperança é chegar em casa e me jogar na cama, e só acordar no final do dia.
São nesses momentos que eu me sinto feliz, quando eu tenho um lugar para acabar com meu frio, minha dor.
A solidão da minha casa, onde eu ficarei deitada sem precisar pensar em mil coisas desagradáveis.


São sentimentos falsos, tudo isso que sinto?
Se é, então por que eles me cortam tanto? Por que machuca?
Se por acaso souber a resposta, diga-me. Preciso dela!

Um comentário:

  1. me sinto assim quase sempre, nee. você não está sozinha na deprê. bem vinda ao clube !

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